Cores na decoração

By Heloise Travain - agosto 14, 2013


Você fica cheia de dúvidas na hora de escolher as cores das paredes, móveis e decoração? Então confira alguma dicas para escolher sem erro!

O esquema cromático de uma decoração pode partir de dois pontos: da arquitetura (apenas uma ou todas as paredes) e do mobiliário. Quando se opta pela arquitetura, antes de chamar o pintor, é imprescindível que se façam testes de tinta na alvenaria. Isto porque a luz natural e artificial do ambiente geralmente altera a tonalidade que se vê na lata. Para não se arrepender com o resultado final, o ideal é escolher na cartela de cores os três tons próximos do matiz desejado e aplicá-los na superfície de maior incidência de luz. E por falar em iluminação, vale lembrar que as lâmpadas incandescentes e halógenas, com seu brilho amarelado, interferem muito pouco na aparência das cores, muitas vezes até as valorizando. Bem diferente do que acontece com as lâmpadas fluorescentes que, devido a sua luminosidade branca, interferem negativamente no esquema cromático do ambiente. Quando se determina que a cor virá da parede, uma dica valiosa é dar preferência aos tons fechados, como um vermelho, um verde ou um laranja escuros. Essas nuances recebem muito bem todas as demais cores. Ainda é preciso destacar que paredes coloridas têm o poder de despertar emoções e criar ilusão de ótica. O verde-piscina, o verde-água e o azul-claro são tons que tranquilizam. Já os vibrantes vermelho e laranja tendem a tornar os espaços mais dinâmicos. Para disfarçar paredes muito longas, nada melhor do que usar matizes escuros em suas extremidades, que também podem ser aplicadas em tetos altos, tornando-os visualmente mais baixos.
Definida a cor da parede o passo seguinte é aproximar da faixa pintada o maior número de amostras possível dos materiais que se pretende usar na decoração: madeiras, tecidos, tapetes, entre outras. Seguro de que há harmonia nas escolhas, eleja o elemento mais importante do espaço. Para maior entendimento, vamos supor que estamos lidando com o living. Nesse caso, a peça primordial pode ser o sofá, a mesa de jantar ou um grande tapete. Se a cor eleita para esse item tiver tonalidade quente, o mais prudente é pensar nos demais elementos da decoração seguindo a mesma temperatura cromática. Assim, um sofá marrom fará ótima companhia para poltronas de tom laranja, cor essa que necessariamente deverá aparecer em outros tópicos do ambiente, como obras de arte e objetos. Nesse esquema cabe ainda uma terceira cor, um vermelho, por exemplo, que pertence a mesma família das demais. 
Outra forma de levar cor à decoração é por meio do mobiliário. Neste caso, as paredes ficam neutras e são os móveis, tapetes, objetos e todos os demais elementos fáceis de serem substituídos que aquecem o lugar. Quer um exemplo legal? Use na mesa de jantar cada cadeira de uma cor e vista o sofá com um tecido cujas listras mesclem quatro tonalidades diferentes, do laranja ao vermelho com pitadas de grafite. Almofadas turquesas arrematam o conjunto, tonalidade que pode se repetir num quadro ou outra obra de arte. Também dá bom resultado combinar lustre, quadros e cadeiras. O amarelo sobre o fundo branco da alvenaria rende efeito interessante.  


Um dado que deve ser sempre lembrado é que o universo das cores é imenso. Todas elas têm inúmeras nuances, sendo algumas fáceis e outras nem tanto na hora de combinar. Mesmo porque, as cores primárias são as mais ingratas para se trabalhar. O amarelo puro, o azul puro e o vermelho puro são como água e óleo, jamais se misturam. Essas tonalidades podem surgir no máximo em pontos isolados do ambiente, mas nunca como predominantes. O mesmo vale para as cítricas que, além de não dialogarem com outras cores, tendem a se tornar cansativas num curto período de tempo. O conselho, então, é dar preferência aos tons variantes. A seguir, você acompanha combinações testadas e aprovadas.

• Ao contrário do que se acredita, quadros de colorido forte perdem a expressividade quando pendurados em paredes brancas. Para valorizá-los, a dica é pintar a alvenaria de cores como rato, grafite, cinza e marrom ou bege escuros.
• Ambientes pródigos em iluminação natural podem se tornar claros demais se toda a alvenaria for branca. A saída para torná-los aconchegantes é pintar uma ou duas paredes com tonalidades que filtram a luz, como marrom, turquesa e cinza escuro.
• Para quem quer algo mais abusado, sem perder o bom gosto, esta é uma boa opção: paredes em tom turquesa ou verde-piscina, tapete cinza e móveis e objetos oscilando entre marrom e vermelho.
• Quando alguma variação de vermelho é a cor principal do espaço, o ideal é que a mesma tonalidade apareça novamente, por exemplo, nas duas poltronas ao lado do sofá e na estampa do tecido que reveste alguma almofada e os assentos das cadeiras da mesa de jantar.
• Para combinar com o tom rato, as melhores escolhas são o magenta escuro, o vermelho-melancia e o laranja.
• Eis um conjunto afinado: amarelo-gema na parede, preto ou marrom-café no sofá e objetos em nuances de laranja ou turquesa. 

Cor nunca sai de moda, o que acontece é que algumas de tempos em tempos se sobressaem. Cuidado! Não é porque essas tonalidades são a bola da vez que podem ser usadas indiscriminadamente. Para empregá-las com critério, o correto é combiná-las com matizes próximos ou com suas variantes.
Outro movimento atual é a migração das cores para elementos que até então primavam pela neutralidade. Estamos falando de bancadas de pia, gabinetes de cozinha e banheiro, além dos eletrodomésticos. Hoje, os brancos, pretos, cinzas e marrons dos mármores e granitos estão sendo substituídos pelos bordôs, vermelhos-melancia, azuis, verdes, amarelos e laranjas de materiais modernos, como o silestone e o limestone. Mais coloridas nos revestimentos e equipamentos, cozinhas e banheiros pedem atenção às paredes. Procure usar tonalidades que se contraponham de maneira harmoniosa com essas cores ou, então, aposte no branco. 

Fonte: http://casa.abril.com.br/

 E ai, gostaram?
Até mais, Helo!

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