Menos é Mais!

By Heloise Travain - março 10, 2012


Se Deus está nos detalhes, ele contribui para que estes fossem impecáveis. O arquiteto alemão Ludwig Mies Van der Rohe (1886-1969) cunhou muito mais do que frases que se tornaram marcos do design ( "Menos é mais" e "Deus está nos detalhes").
Foi ele que abriu o caminho para a arquitetura dos grandes espaços, para o designer, os espaços deveriam ser preenchidos pela vida, e não por elementos superficiais ou excessivos.
Ao Lado de gênios como Frank Lloyd Wright e Le Corbusier, foi um dos criadores do chamado International Style, que caracteriza uma arquitetura de linhas sóbrias e racionais, mas sofisticadas.
Foi professor da Bauhaus ( Alemanha, 1919-1933), primeira escola de design do mundo, de cárater vanguardista, que se tornou o grande marco do modernismo na arquitetura. Os edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais modernos, como o aço industrial e o vidro para definir os espaços interiores, e a aparência exterior de suas obras. Concebeu espaços austeros, elegantes e cosmopolitas. Emigrou para os Estados Unidos em 1937, onde dirigiu o departamento de arquitetura do IIIinois Institute of Technology de Chicago, entre 1938 e 1959.
Sua primeira obra importante foi o pavilhão alemão para a Exposição Internacional de Barcelona, de 1929, ícone da modernidade. Seus prédios de apartamentos abriram caminho, do ponto de vista construtivo e urbanístico, para obras posteriores. Disso são exemplos os Promontory Apartments de Chicago (1951); os Batery Park Apartments de Nova York ( 1957 a 1958) e o Seagram Building dde Nova York (1956 a 1959). Um dos móveis mais célebres criados por ele é a Cadeira Barcelona (1929). Mais importante do que sua trajetória é seu legado: foi ele que abriu o caminho para a arquitetura dos grandes espaços - para o designer, os espaços deveriam ser preenchidos pela vida, e não por elementos superficiais ou excessivos. Sua obra é um retrato da era industrial, colocando em evidência os materiais ásperos e construtivos, sem abrir mão da elegância e da universalidade. Ao retirar de cena os elementos superficiais, o arquiteto expõe o que é essencial: a vida, e não sua forma. Ainda que as formas criadas por ele sejam, em si, um estilo de viver.


Farnsworth House, de 1951 em Plano, IIIinois (EUA), um dos mais
famosos exemplos da arquitetura modernista residencial.

Mais informações no site da Mies Van der Rohe Society: www.miessociety.org 


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