O Alpendre é um tipo de cobertura sobre portas, ou um corredor envolta a edificação com apoio nas paredes de um lado e no outro sobre colunas ou pilares. Normalmente é é uma extensão do telhado, ou uma cobertura independente que se assemelha ao telhado. É bastante comum no Brasil e outros países tropicais, em especial em regiões rurais.
Tem destaque na arquitetura bandeirista no estado de São Paulo no período da colonização portuguesa. Geralmente o quarto de hóspedes se comunicava somente com o alpendre e não com o interior da casa, mostrando assim o domínio da família.
Quando os alpendres são maiores e mais equipados chamamos de varandas.
Veja algumas imagens:
Referências:
arquiteturaurbanismotodos.org.br
wikipedia.org
Bisous,
A cor de hoje é a Buttercup, uma cor vibrante, com a cara do verão. Alegre, ensolarada, divertida!
Gostaram?
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Bisous,
Visita Técnica - Seminário Sagrado Coração de Jesus, Corupá, SC
By Heloise Travain - setembro 29, 2015
No último sábado (26 de setembro), fizemos uma viagem para Corupá aqui em SC. Nosso destino era o Seminário Sagrado Coração de Jesus que tem mais de 80 anos de história. Um lugar lindo, com uma arquitetura e paisagismo admirável. A visita foi organizada pelo professor Norberto Lopes juntamente com a turma do 9° período de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Avantis, como algumas vagas ficaram abertas, eu e mais 4 amigos do 3° período fomos juntos.
Sobre o Seminário:
O Seminário de Corupá surgiu quando a Escola Apostólica de Brusque (fundada em 1924), não comportava mais tantos pedidos de admissão, pois tinha capacidade para somente 30 seminaristas. Sendo assim, pensaram em aumentar a construção, mas não foi possível por alguns fatores. Então a comunidade católica de Hansa Humbold (atual corupá), ofertaram o novo terreno para a construção do Seminário, em troca teriam a assistência sacerdotal.
O padre Jacó Gabriel Lux, um competente construtor, foi incumbido pelo padre Pedro Storms, de projetar e executar a nova obra. Os fundos para financiar a obra, foi arrecadado pelo padre Pascoal Lacroix com a população de São Paulo e Rio de Janeiro.
As obras iniciaram em 1929, e não por recursos financeiros não foi concluída até o dia da sua inauguração em 1932, ficando incompleta sua fachada até ter recursos para dar continuidade. Os tijolos à vista também não eram para ficar aparentes, mas também devido a recursos financeiros ficou assim, e com o tempo foi agradando a população, e foi decidido mantê-los dessa forma.
No ano de 1953 deu-se início a construção de um novo espaço, com um estilo diferente (greco-romano) da construção já existente (gótico- romano). A capela foi construída pelo padre Antônio Enchelmeyer, que foi o responsável também pela construção do salão de teatro.
Mais tarde foi-se construído os demais ambientes, como campos e quadras de esporte, salão de jogos (1970). O espaço que abriga as salas de aula, dormitórios dos seminaristas, refeitório e dependências da cozinha foi a último a ser construído, e pensa-se em futuramente torná-lo um lugar para hospedagem.
Chegando lá tivemos uma visita guiada pelo Museu Irmão Luiz Godofredo Gartner (que funciona desde 1933). Nesse momento conhecemos a história do museu, logo após a exposição de taxidermia, e por fim uma última exposição sobre desfile "Desfile de memórias: 07 de setembro - 1970-1985".
Em seguida fomos conhecer a belíssima Capela, que tem missas aos domingos as 10h, e realiza outros eventos agendados. Depois fomos até o teatro, e então almoçar no restaurante que funciona também no Seminário.
Após o almoço fomos apreciar os jardins e aproveitar para registrar mais alguns momentos naquele lugar incrível. Apesar de o dia estar nublado, conhecer o local foi maravilhoso.
Uma curiosidade é que quando se chega ao local nos deparamos com a fachada mais nova, e não a primeira a ser construída. Isso acontece pois quando iniciaram as construções pensava-se que a cidade cresceria para a frente de onde foi implantado o Seminário. Mas isso não aconteceu, por isso o acesso principal se dá a fachada mais nova.
Veja algumas fotos:
Museu. |
Exposição Taxidermia. |
Exposição sete de setembro. |
Teto Capela. |
Desenho original da Fachada. |
Contraste. |
Uma cor que vem do mar, energética, alegre, que diverte e tranquiliza! Se inspire com a Snorkel Blue:
Confira mais cores:
Na noite do dia 21 de setembro estivemos em uma palestra com o arquiteto e designer Diogo Giácomo Tomazzi no Casa Hall Shopping em Balneário Camboriú. Onde ele nos falou um pouco de sua trajetória e também da Linha Fibonaci desenvolvida para o DW.
Tivemos o privilégio de entrarmos em contato com ele alguns dias após a palestra e ele nos concedeu uma entrevista para compartilharmos aqui no blog! Espero que vocês gostem e conheçam um pouco mais do trabalho do Diogo.
O que te motivou a
cursar arquitetura e urbanismo?
Foi uma escolha
muito natural, já tinha facilidade para desenhar, pintar e criar objetos, no
final do colegial fiz um teste vocacional e resultado apontou para artes,
arquitetura e áreas correlacionadas.
Qual foi o maior desafio para entrar no mercado após
formado?
Sempre trabalhei
durante a faculdade, comecei como bolsista na área de pesquisa, mas depois
senti a necessidade de ter a vivência do mercado. Fui estagiário e tive a sorte
de ter trabalhado em grandes escritórios de arquitetura de Florianópolis, como
Mantovani e Rita e Marchetti+ Bonetti. Foram grandes escolas, peguei a
transição do desenho na prancheta para o CAD, mas nunca perdi o desenho a mão.
Acompanhar a rotina de um escritório, busca por materiais novos, atendimento
dos clientes, visita a obra, etc. Foi algo construído durante anos e ainda
estou aprendendo.
O que te levou a para o design industrial?
O meu interesse
por design de produto foi crescendo à medida que ganhava mais conhecimento na
área de arquitetura, na vivência em escritórios e trabalhando com interiores.
Era uma necessidade de aprender e me aprofundar no assunto para criar algo
sempre novo. Tive uma orientadora
durante a universidade que havia estudado design na Suécia, via todos os livros
sobre design escandinavo e fiquei apaixonado! Também trabalhei em ótimos escritórios em São
Paulo e me deram espaço para criar peças especiais para os clientes. Morar em
Londres e ter visitado a feira de Milão reforçou meu trabalho como designer.
Quais são suas principais referências tanto na
arquitetura como no design?
São muitas! Gosto
muito do design escandinavo e atualmente tenho pesquisado sobre arquitetos e
designers americanos da década de 50.
O que mais inspira você no processo criativo de um
produto/projeto?
É uma somatória de
fatores. O lugar onde eu moro tem uma grande influência nos projetos e
produtos, crio uma relação com o espaço e busco referências onde meu olho
alcança. Cada projeto e cliente é único, vai depender de cada necessidade. Mas
no geral, a base de todo o processo está na escolha do material, na
funcionalidade e ergonomia.
Das suas criações, qual a sua preferida?
A última! (rs)
Como foi participar do DesignWeek?
Foi incrível! Eram
muitos eventos paralelos acontecendo ao mesmo tempo, pude rever amigos e
colegas de profissão e trocar experiências. Eu participei de um coletivo feito
especialmente para o evento, juntamente com o um paisagista e designer de
produto. Apresentamos uma linha de mesas e luminárias no Design House, um dos
muitos eventos do DW. Foi um sucesso, recebemos elogios de grandes publicações e
profissionais da área.
Como você vê o design no Brasil?
O mercado de
design está ficando profissional, as empresas estão sentindo a necessidade de
se diferenciar no mercado, seja para aproveitar melhor o mercado interno seja
para se diferenciar do seu concorrente. É um caminho sem volta, quem não
investir em design e não contratar um profissional, não sobreviverá.
Qual a sua visão sobre o mercado catarinense para o
design?
Aqui em SC temos
cultura do fazer, temos industrias e matéria-prima. Existem poucas empresas que
enxergam o design como diferencial e como ferramenta para alavancar vendas, mas
acredito que o cenário está mudando. É uma questão de tempo, a crise atual tem
sido uma oportunidade para as empresas rever seus produtos e processos. O
design não é só dá uma cara bonita, ele precisa fazer parte de todo o processo
de produção. Tenho sido procurado por empresas para desenhar bicicletas, um
super desafio!
Qual sua mensagem para estudantes de arquitetura/designer?
Primeira coisa é preciso
ter interesse, ter curiosidade, buscar pessoas que trabalham no ramo. Viajar
(pode ser no Brasil mesmo, ok?), visitar exposições, museus, feiras de design e
arquitetura, saber mais sobre os grandes criadores (artistas, designers,
arquitetos). Fazer estágio em escritórios na qual se identifique, participar de
concursos, ter desafios, arriscar, trabalhar com gente bacana. Ande com os
melhores colegas, eles certamente influenciarão muito na sua visão
profissional.
Algumas de suas criações:
Luminária Junina. |
Mesa Cone. |
Restaurante Santinho - MCB. |
Mesa Compee |
Linha Fibonaci - DW. |
Agradecemos mais uma vez ao Diogo por nos conceder essa entrevista e o desejamos cada dia mais sucesso!
Bisous,