Iluminação: a arte de iluminar requer técnica, sensibilidade e paixão

By Heloise Travain - agosto 26, 2013


Olá pessoal, hoje escolhemos falar mais um pouco sobre iluminação, já que é um assunto que nos enche de dúvidas e ficamos meio perdidos no meio de tantas opções. Confiram:

Luz funcional: Para cumprir nossas tarefas básicas diárias precisamos de claridade. Os espaços onde cuidamos da higiene, da alimentação, do estudo, do trabalho e do lazer pedem iluminação adequada, com pontos de luz bem distribuídos e em quantidade suficiente para clarear sem ofuscar. Nesse universo, os embutidos de forro são os primeiros a serem providenciados. eles vêm em duas versões: com borda de acabamento e sem borda, totalmente oculto sobre o teto, gerando um visual mais limpo. Como ambos têm o corpo da lâmpada acima do forro, antes de instalar é importante se certificar se há espaço suficiente para o equipamento escolhido e também para sua manutenção. Vale lembrar que alguns acompanham transformador, como os que usam lâmpadas aR 111. Com fachos direcionáveis, além de funcionais, os embutidos possibilitam também iluminação de destaque, sublinhando móveis, obras de arte e detalhes arquitetônicos. Para gerar luz homogê-nea, é fundamental que as peças estejam bem aprumadas no teto. Quem não conta com forro de gesso, pode optar por produtos de sobrepor. fixados na laje, eles são compostos por uma caixa que embute sua estrutura: lâmpada e transformador de 12 V.


Caminho iluminado: as chamadas luzes de orientação são compostas pelos balizadores. Indicadas para evitar acidentes e proporcionar uma circulação confortável, elas direcionam o caminho e conferem um efeito cênico. Para cumprir sua função, devem ser totalmente embutidas na parede, deixando apenas o acabamento aparente, e sempre estar mais altas que o rodapé. Instale os balizadores após a pintura da alvenaria.

De baixo para cima: Iluminação embutida no piso é uma tendência em alta na decoração. Seja em ambiente fechado ou aberto, como jardim, para um resultado satisfatório é preciso que o equipamento siga a risca suas especificações quanto ao tipo de lâmpada, voltagem e se precisa ou não de transformador. Trata-se de um produto que deve ter a parte inferior chumbada no contrapiso, portanto, está aí outro cuidado importante: verifique se há profundidade suficiente para o modelo escolhido. Seu acabamento externo geralmente é de aço inox ou de alumínio e sempre de alta qualidade, para suportar o pisoteio. Como se anda sobre a luz, atente para a temperatura gerada no visor de vidro. as lâmpadas da família das halógenas costumam chegar perto dos 60° C, o que pode ser perigoso para crianças. Nesse caso, prefira o led que, além de não emitir calor, possui refletor bem menor e tem a mesma potência, fluxo luminoso e efeito decorativo das halogénas. Com vários tipos de ângulos de luz (120°, 60°, 38° e 10°), os embutidos de piso permitem desde fachos concentrados, até o efeito lavado. Para tanto deve ser calculada com precisão a distância entre o aparelho e a área a ser iluminada.


Dossiê das lâmpadas: Hoje, a maior parte das luminárias emprega lâmpadas da família das halógenas. Todas as de 12 V necessitam de transformador, entre as quais estão as minidicroicas, as dicroicas e as aR70 e aR 111. Já as halógenas PaR 20, 30 e 38, por dispensarem transformador, são ligadas diretamente na rede elétrica e usam equipamentos menores e mais discretos. Com focos de diferentes aberturas de ângulos - 10°, 38° e 70° - essas lâmpadas possibilitam inúmeros efeitos luminosos. Quanto menor o grau, mais potente é a sua luz. Todas emitem calor, por isso não devem ficar a uma distância segura de poltronas, sofás e obras de arte.
O led (diodo emissor de luz) é a tecnologia mais avançada no momento. Trata-se de um componente eletrônico que gera luz com baixíssimo consumo energético e tem vida longa, de até 100 mil horas. o segredo de tais qualidades está em seu dissipador de calor. Para garantir o bom funcionamento, é fundamental que o equipamento seja instalado com espaço livre ao redor, propiciando ventilação constante. Possui variação de tonalidades: branco quente (3 mil k), branco claro (4 mil k) e branco frio azulado (5 mil k). Na hora de comprar as peças para o ambiente, certifique-se de que o lote tem a mesma temperatura de luz, caso contrário o projeto luminotécnico será comprometido.


Efeito arquitetônico: Rasgos, fendas, rachaduras iluminadas. É surpreendente como a luz tem aguçado a criatividade de empresas e profissionais. a última palavra em iluminação são as luminárias que se fundem à arquitetura. alguns produtos de gesso, moldados em fibra de vidro, se mimetizam ao forro do ambiente, dando movimento decorativo ao teto. o resultado é um efeito de luz difusa, em que não se vê a fonte luminosa. omesmo também pode ser feito em paredes de gesso acartonado. São equipamentos que passam a impressão de que a alvenaria foi rasgada e que por ali vaza um raio de luz. abastecidos por leds, os produtos visam baixa manutenção. 

Profetas da luz: Depois que Thomas edson inventou a lâmpada lá em 1879, designers não param de avançar com seus experimentos. Novas tecnologias e muita criatividade permitem luminárias incríveis, como as selecionadas aqui.

To Be (2007) Ingo Maurer e Ron arad apostaram em objetos nada convencionais e surpreendentes para esta criação. o pendente é feito de tubos de pasta de dente e LEDs. A genialidade está em trabalhar com reflexão, sua luz indireta permite que o objeto se autoilumine.

Zettel’z (1997) uma lâmpada incandescente e27 gera luz dissipadora e ilumina as várias folhas de papel translúcido que compõem o lustre desenhado por Ingo Maurer. apeça também oferece iluminação direta: 
uma PAR 30 camuflada na estrutura proporciona leveza e funcionalidade.

Campari Light (2002) 
Invenção bem-humorada de Raffaelle Celentano. Um buquê de garrafinhas da conhecida bebida compõe a peça, que emite luz direta e indireta. olíquido vermelho filtra nas laterais a luminosidade de uma lâmpada PaR 30, que joga luz branca para baixo.


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Bisous, Helo.

Fonte texto: Casa abril.


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